> Arte Romana

O aparecimento da cidade de Roma,presumivelmente em 753 a.C., está envolto em lendas e mitos. A formação cultural dos romanos foi influenciada principalmente por gregos e etruscos, que contribuíram para que /Roma se tornasse o centro de um vasto império. Assim, a arte romana assimilou, da arte Greco-helenística, a busca por expressar um ideal de beleza, e, da arte etrusca, mais popular, a preocupação em expressar a realidade vivida. Podemos dividir a história desse império em três grandes períodos: Monárquico, Republicano e Imperial.

ARQUITETURA

Um dos legados culturais mais importantes deixados pelos etruscos aos romanos foi o uso do arco e da abóboda nas construções. Esses dois elementos arquitetônicos permitiram aos romanos criar amplos espaços internos, livres do excesso de colunas. A planta das casas romanas era rigorosa e invariavelmente desenhada segundo um retângulo básico. A porta de entrada conduzia a um espaço central chamado átrio, onde possuía uma abertura no telhado na direção de um tanque chamado implúvio. Havia também, nos fundos da casa, um peristilo rodeados por colunas, em torno do qual dispunham os vários cômodos.

Já seus templos eram erguidos num pano mais elevado, de modo que a entrada só era alcançada por uma escadaria. Eles não possuíam a mesma preocupação dos gregos: lados semelhantes. Os romanos construíram templos com elementos arquitetônicos que tornavam a fachada bem distinta das laterais e do fundo do edifício. Um exemplo é o Panteão. Planejado para reunir a grande diversidade de deuses existentes em todo o Império, com sua planta circular fechada por um cúpula, cria um local isolado do exterior, onde o povo se reunia para o culto.

Graças ao uso de arcos e abóbodas, os romanos construíram edifícios - sobretudo anfiteatros - bastante amplos. Usando ordens de arcos sobrepostas, os construtores romanos obtveram apoio para construir o local destinado ao publico - o auditório. A primeira conseqüência disso, diferente dos gregos, foi a possibilidade de construir tais edifícios em qualquer topografia. Essa maior liberdade na construção favorecia um tipo de espetáculo muito apreciado pleo povo romano: as lutas de gladiadores, que podiam ser vistas de qualquer ângulo.

Coliseu romano (rescontituição digital, à dir.)
Coliseu romano (rescontituição digital, à dir.)

PINTURA E MOSAICO

A maior parte das pinturas romanas que conhecemos hoje provém das cidades de Pompeia e Herculano, soterradas pelo Vesúvio, em 79 d.C., cujas ruínas foram descobertas no séc. XVIII. Essas pinturas faziam parte da decoração interna dos edifícios e podem ser apreciadas em painéis que recobriam as paredes das casas. Nos painéis, podiam criar-se, por exemplo, a ilusão de janelas abertas, por onde se viam paisagens com animais, aves e pessoas; barrados sobre os quais aparecem figuras de pessoas sentadas ou em pé, formando grandes pinturas murais; ou, ainda, conjuntos que valorizavam a delicadeza dos pequenos detalhes.

Os romanos são considerados verdadeiros mestres na arte do mosaico, cumos exemplos de maior valor artístico são também os que decoravam os edifícios de Pompeia. Trata-se de uma técnica diferente da pintura, mas que, assim como esta, ornamenta as obras arquitetônicas.

ESCULTURA

Embora fossem grandes admiradores da arte grega os romanos, por temperamento, eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos, suas esculturas são em geral uma representação das pessoas, e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. Não obstante, ao entrar em contato com os gregos, os escultores romanos sofreram forte influência das concepções helenísticas de arte, mesmo não abdicando de um interesse muito próprio: representar os traços característicos do retratado. Os resultado desse contato foi uma acomodação entre a concepção artística romana e a grega.

Podemos compreender melhor isso ao observarmos a estátua do primeiro imperador romano, Augusto de Prima-Porta (c. 19 a.C). Embora para essa obra o escultor tenha usado como referência o Doríforo, de Policleto, ele a adptou ao gosto romano. Assim, procurou captar as feições reais de Augusto e vestiu o modelo com uma couraça e uma capa romanas. A preocupação romana com representações bastante realistas pode ser observada não só nas estátuas de imperadores, mas também nos relevos esculpidos em monumentos que celebram feitos importantes do Império Romano. Entre esses monumentos comemorativos, destacam-se a Coluna de Trajano, e a Coluna de Marco Aurélio.

Sarcófago decorado com cena de batalha entre romanos e germânicos, c. 180–190.
Sarcófago decorado com cena de batalha entre romanos e germânicos, c. 180–190.

Erguida no séc. I da era cristã, a Coluna de Trajano narra as lutas do imperador e dos exércitos romanos na Dácia. O imenso número de figuras esculpidas em relevo faz da obra um importante documento histórico em pedra. Pela expressividade das figuras e das cenas, porém, ela adquire também grande valor artístico.

Erguida menos de um século depois da Coluna de Trajano, a Coluna de Marco Aurélio celebra o êxito dos romanos contra um dos povos bárbaros. Como seu trabalho em relevo é mais profundo que o da Coluna de Trajano, nele é possível observar melhor as figuras que representam os romanos e os bárbaros.

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