> Arte Mesopotâmica

O nome vem das palavras "meso" (meio), e "potamós" (rios), pois refere-se a região situado entre os rios Tigre e Eufrates. Essa região foi formada por diferentes povos, entre os quais destacaram-se os sumérios, os assírios e os babilônicos. As condições geográficas da região propiciaram um importante desenvolvimento cultural, pois muitos elementos naturais, encontrados às margens dos rios Tigre e Eufrates são utilizados na elaboração das obras de arte. Entretanto, muitas das obras produzidas pelos povos mesopotâmicos não chegaram até nós, hoje, dificultando-nos o seu estudo.

Como causas do desgaste e do desaparecimento de grande parte das obras mesopotâmicas, podemos citar: 1) o tempo que nos separa desses povos; 2) o material utilizado, quase sempre tijolos de barro cru, madeiras e fibras vegetais; 3) a conturbada história política da região, repleta de invasões e conflitos. Os principais materiais utilizados para a produção da arte mesopotâmica eram a argila, a cerâmica, cobre, bronze, ouro marfim, e ainda, diversas pedras preciosas.

A Suméria, foi a primeira civilização mesopotâmica e possui os méritos de ser a primeira civilização que desenvolveu um sistema de escrita, conhecida, conhecida como escrita cuneiforme. Estima-se que esse sistema foi desenvolvido em 3500 a.C.

Tablete de argila com escrita cuneiforme
Tablete de argila com escrita cuneiforme

Surge pela primeira vez o ZIGURATE, característico da religião desses povos. Não possuíam base lisa e o topo era acessado por meio de platôs ou degraus; as construções eram sustentadas por muralhas construídas por tijolos, e não por pedras, compostos por terraços de vários níveis, cujo acesso se dava por meio de escadarias. Os Zigurates eram imensos altares que funcionavam como templos e, muitas vezes, constituíam o centro da vila onde se encontravam. Além dos centros das cidades, serviam como altares, templos, palácios etc.

Zigurate de Ur (foto/arte da edificação original)
Zigurate de Ur (foto/arte da edificação original)

Nas esculturas produzidas pelos povos mesopotâmicos, não havia uma preocupação descritiva, salvo pelo rosto das figuras. As figuras em baixo-relevo eram muito comuns, e caracterizavam-se por um grande realismo, e apresentavam formas geralmente rígidas e majestosas, feitas conforme regras bastante precisas.

Escultura suméria
Escultura suméria

Com o fim da supremacia sumeriana, Acádios e Babilônicos realizam uma grande renovação artística. A OURIVESARIA, a arte de trabalhar com metais e pedras preciosas. Surge também uma importante forma de expressão artística, as ESTELAS, monumentos comemorativos dos grandes feitos dos reis e imperadores.

Com a invasão dos Assírios, por ser um povo de cultura muito diferente, ocorreu uma verdadeira ruptura na arte dessa região. Os assírios possuíam uma arte de caráter belicoso, ou seja, guerreira, habituada à guerra. Isso era incentivado pela grande expansão militar e econômica. Possuíam também grandes centros culturais com ricas bibliotecas, como nas cidades de Assur, Nínive e Khorsabad. Os palácios reais assírio possuíam a função de glorificação do soberano. Com isso, a estatuária torna-se um elemento da arquitetura. Ou seja, muitas esculturas tinham o objetivo de ornar os grandes espaços arquitetônicos. A ESCULTURA assíria era agressiva, descritiva e realista, principalmente nas cenas de caça e de guerra. Os baixo-relevos eram de considerada importância. Retratavam caçadas, pescarias e expedições guerreiras. Demonstravam grande conhecimento da natureza e da fisiologia humana e animal.

Chegando na última cultura mesopotâmica, temos os Babilônicos. Normalmente quando ouvimos falar deste povo, pensamos em uma das 7 maravilhas do mundo antigo: os Jardins suspensos da Babilônia, infelizmente destruídos. Os relatos os descrevem como uma grande construção multi-nível que resultava em uma aparência montanhosa, cheia de árvores, arbustos e plantas de todos os tipos.

Arte digital dos Jardins Suspensos da Babilônia
Arte digital dos Jardins Suspensos da Babilônia

Outro exemplo artístico desta época é o Portão de Ishtar. Ao contrário dos jardins suspensos, sabemos que eles existem, graças a escavações realizadas no séc. XX. Parte do muro da babilônia, o Portão foi construído por volta de 525 a.C. sob o governo de Nabucodonosor II.

Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora