> Arte Contemporânea

 No decorrer do séc. XX, inúmeros fatos tornaram bastante complexo esse período da história humana. A tecnologia tornou possível ao ser humano chegar à lua e avançar cada vez mais no conhecimento do espaço e no domínio da informática. A queda do muro de Berlim, fim da União Soviética, globalização, guerras e conflitos, tornaram esse século complexo, sobretudo pois deixaram de ser reconhecidos ideias que procuravam explicar a história de um modo totalizante. A verdade deixa de ser absoluta e torna-se frágil a percepção do mundo.

Entre as muitas tendências em que se dividem as criações artísticas chamadas de contemporâneas estão a Performance, Arte Conceitual, Arte Minimalista, e Body Art.

Arte Conceitual é uma vanguarda artística moderna e contemporânea que surgiu nos anos 60 e 70 na Europa e nos Estados Unidos e, como o próprio nome indica, trata-se de uma expressão artística mais pautada nos conceitos, reflexões e ideias, em detrimento da própria estética (aparência) da arte.

Em outras palavras, a arte conceitual é uma "arte-ideia" em detrimento da "arte-visual", sendo o principal material da arte a "linguagem". Diante disso, os artistas conceituais preocupam-se em criar reflexões visuais para seus espectadores.

Temos como principais representantes da arte conceitual Joseph Kosuth, Sol Lewitt, e no Brasil, Cildo Meireles.

Uma instalação (krafts) é uma manifestação artística contemporânea composta por elementos organizados em um ambiente. Ela pode ter um caráter efêmero (só "existir" na hora da exposição) ou pode ser desmontada e recriada em outro local. Diferentemente do que ocorre tradicionalmente com as esculturas ou pinturas, a mão do artista não está presente na obra como um item notável.

Como exemplos de artistas que costumavam trabalhar com esse tipo de modalidade, podemos citar Rachel Whiteread, Sol Lewitt, Mira Schendel, e no Brasil, o notório Hélio Oiticica.

O Expressionismo Abstrato,também chamado de "Escola de Nova York", corresponde a um movimento de vanguarda artística. Surgiu nos Estados Unidos, em Nova York, na década de 40. Esse movimento uniu aspectos da vanguarda expressionista alemã e da corrente abstracionista criando dessa maneira, uma nova tendência de caráter simbólico e expressivo.

Foi assim que muitos artistas dessa corrente inovadora romperam com a arte tradicional de cavalete. Focaram na criação artística nas emoções e expressões humanas, tal qual Jackson Pollock, um dos maiores representantes do expressionismo abstrato norte-americano. Pollock trabalhava com uma técnica que ficou conhecida como "Action Painting" (Pintura de Ação). Ele colocava imensas telas no chão e sem objetivo prévio e com movimentos bruscos do pincel ou outros objetos (talheres, varas, areia, etc.), a tinta era lançada na tela privilegiando assim, a espontaneidade artística. A partir dessa relação corporal do artista com a pintura, essas obras gestualísticas (arte performática) dependiam completamente dos movimentos e atuação do autor.

Outro estilo utilizado por alguns artistas dessa corrente, foi chamada de "Color Field Painting" (Pintura do campo de cor). Ao contrário do "Action Painting", ele privilegiava a objetividade das cores nas telas, ao utilizar padrões geométricos mais simples. Um dos maiores representantes desse estilo foi o pintor estadunidense, nascido na Letônia, Mark Rothko.

A expressão "Minimalismo" (do inglês, "Minimal Art") faz referência aos movimentos estéticos, científicos e culturais que surgiram em Nova York, entre o fim dos anos de 1950 e início da década de 1960, os quais, por sua vez, primavam pelo mínimo de recursos e elementos utilitários, reduzindo todos seus aspectos ao nível essencial.

Em termos gerais, os movimentos minimalistas se caracterizam pela austeridade e síntese, inclusive dos meios e usos da abstração.

Por conseguinte, no campo das artes, normalmente está representado de forma abstrata e "crua", de modo a revelar a origem industrial e a natureza dos materiais que compõem a obra minimalista, a qual, via de regra, interage com o público.

Assim, as estruturas minimalistas suportam uma bi ou tridimensionalidade que lhe permite vencer os conceitos tradicionais, principalmente acerca da necessidade do suporte que limitava pintura e a escultura aos seus respectivos campos de ação. Este caráter geométrico é fruto da influência construtivista, a qual buscava uma linguagem universal para expressão artística. Neste campo, os principais destaques são Sol LeWitt, Frank Stella, Donald Judd e Robert Smithson.



"Land Art" (em inglês "EarthArt" ou "Earthwork") foi um movimento artístico pautado na fusão na natureza com a arte, que surgiu na década de 60 nos Estados Unidos e na Europa. O termo "land art", se traduzido, corresponde a "arte da terra" tendo como principal característica a utilização de recursos provenientes da própria natureza para o desenvolvimento do produto artístico. Em outras palavras, a land art surge a partir da fusão e integração da natureza e da arte donde a natureza além de suporte, faz parte da criação artística.

Importante destacar que, ao contrário da arte exposta nos museus, a land art propõe ultrapassar as limitações do espaço tradicional ao sair deles, posto que é realizada em espaços exteriores e, devido suas grandes dimensões, só é possível conhecê-las dentro de um museu por meio de fotografias.

Na década de 1960 a performance art ou performance artística surge como uma modalidade de manifestação artística interdisciplinar que - assim como o happening - pode combinar teatro, música, poesia ou vídeo, com ou sem público. Em geral, segue um "roteiro" previamente definido, podendo ser reproduzida em outros momentos ou locais. É realizada para uma platéia quase sempre restrita ou mesmo ausente e, assim, depende de registros - através de fotografias, vídeos e/ou memoriais descritivos - para se tornar conhecida do público.

Importantes nomes que praticaram essa modalidade artística são: Bruce Nauman, Vito Acconci, Joseph Beuys, e também Hélio Oiticica.

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